terça-feira, 22 de maio de 2012




PECUÁRIA DE CORTE



pecuária de corte  nacional é uma das principais atividades de exploração econômica do país, caracterizava-se antigamente pelo atraso tecnológico, gestão familiar e principalmente a resistência ao uso das tecnologias da área.
Hoje o cenário diferencia-se um pouco, com uma nova imagem da propriedade rural, que em muitos casos já é administrada como uma empresa. Segundo Barcellos et al (2005), o uso de tecnologias que ajudaram a tecnificar a pecuária de corte, foram principalmente: A suplementação dos animais, utilização de misturas minerais, avanço naseleção das forrageiras, a utilização da seleção genética nas propriedades (principalmente pelo uso de touros selecionados) e o cruzamento das raças (permitindo uma diminuição do tempo do ciclo da atividade).

Raças de bovinos


gado de corte
Uma das principais decisões do pecuarista ao iniciar ou mudar a atividade de pecuária é quanto a escolha da raça que será criada, pode-se destacar algumas raças, porém a decisão deve ser tomada com bom senso. O pecuarista deve saber a realidade de sua propriedade e o nível de tecnologia que almejará empregar e assim escolher a raça a ser criada. Existem raças mais precoces e outras mais tardias, porém o nível de exigência delas varia, principalmente quanto ao clima e alimentação fornecida. Definimos como “aptidão” a finalidade para qual a raça é mais produtiva, então podemos ter raças de aptidão de corte, aptidão para leite  e de dupla aptidão (servem tanto para a produção de corte como para produção de leite). Algumas raças indicadas para a produção de corte:


Nelore: responsável por 80% do rebanho nacional, o nelore apresenta excelente adaptação as regiões mais quentes do país (trata-se de uma raça de origem indiana) além de resistência a restrições alimentares;
Angus: raça de origem européia, produz carnes com excelentes características de maciez e sabor, trata-se de uma raça com terminação mais precoce quando comparado ao nelore, porém a exigência principalmente quanto a alimentação é maior;
Brahman: trata-se de um cruzamento criado nos Estados Unidos entre as principais raças zebuínas, é uma excelente raça para cruzamento industrial, pela origem é uma raça com boa adaptação ao nosso país;
Brangus: raça oriunda do cruzamento do Brahman X Angus, a principal característica da carne dessa raça é a excelente marmorização, muito utilizada nos confinamentos devido ao seu elevado ganho de peso e precocidade.
A pecuária de corte brasileira tem um fator bastante competitivo em relação ao cenário mundial: grande parte do rebanho nacional é criado exclusivamente à pasto, o que gera diminuição dos custos de produção da arroba de carne. Nota-se que passamos por um momento de mudanças, a propriedade já é tratada como uma empresa e administrada de forma menos familiar. Há muito a se evoluir, principalmente no que se refere a diminuição do ciclo de produção, algo q atualmente gira em torno de 4-5 anos, o emprego de tecnologias principalmente do melhoramento genético são alternativas que farão a pecuária brasileira ganhar cada vez mais o cenário mundial e alcançar níveis tecnificados.

Referências

http://www.abccriadores.com.br/pecuaria/pecorte.htm
http://www.fee.tche.br/sitefee/download/jornadas/2/e13-03.pdf




Como fazer uma horta

Verduras e legumes para todas as estações
Cultivo
Época de Colheirta 
Dicas de colheita
Armazenagem e cozimento 
Abóbora
De 120 a 150 dias após a semeadura 
Colha quando a casca estiver dura e o cabinho do fruto seco. 
A casca deve endurecer em local quente, mas armazene em local seco e arejado sobre aramado. 
Aspargos
O ano inteiro, dependendo da região 
após o segundo ano pode-se fazer cortes. a primeira colheita não deve ultrapassar um mês de cortes. 
Corte as pontas e coloque-as numa vasilha pequena com água na geladeira. Cubra com plástico. 
Batata 
De 80 a 100 dias após a semeadura 
Retire depois de florescer, quando as folhas começarem a amarelar. 
Armazene em local escuro para evitar o esverdeamento (formação de alcalóides). 
Batata-baroa
De 8 a 12 semanas após o plantio 
A planta está no ponto de colheita quando as folhas ficarem amareladas e começarem a secar. 
Armazene em local escuro por 1 a 2 semanas, ou na gaveta para legumes da geladeira por várias semanas.
Batata-doce 
De 120 a 180 dias após a semeadura 
Os tubérculos estão maduros quando as plantas amarelarem e murcharem. 
Deixe os tubérculos ao sol para curar por uns dias depois de desenterrá-los. 
Beterraba
De 60 a 120 dias após a semeadura
Beterrabas jovens têm sabor melhor, mas essas raízes podem ser colhidas no tempo máximo
As folhas podem ser usadas na salada.
Cenoura
O ano inteiro - de 60 a 120 dias após a semeadura
Faça plantio direto no solo e não faça replantio, pois isso poderá deixar as raízes defeituosas.
Cenouras jovens e pequenas têm melhor sabor.
Milho-verde
10 semanas após semear
Quando as palhas escurecem, o milho está pronto para ser colhido.
Para aumentar o sabor, cozinhe assim que for colhido.
Repolho
De 80 a 100 dias
Retire a planta inteira quando a cabeça estiver firme e roliça
Pode ser fatiado, escaldado por 3 a 4 minutos e armazenado no freezer.
Tomate
De 90 a 100 dias após o transplante
A colheita pode durar dias. Recomenda-se retirar os frutos "de vez" (próximos à maturação).
Em áreas com moscas-das-frutas, colha os frutos já crescidos mas ainda verdes e deixe-os amadurecer em casa para reduzir os danos por pragas.
Para os iniciantes, cenoura, tomate-cereja, vagem, abóbora, rabanete, alface, acelga e abobrinha estão entre os legumes e verduras mais fáceis.
Tomates
Se planejar bem, você pode ter tomates plantados em casa, mais naturais, e sem se sujeitar às variações de preço do mercado.
·         Pode-se plantar mudas o ano todo. Em áreas mais frias, mantenha as plantas em vasos e em local quente e protegido até que a ameaça de geada tenha passado. Se houver previsão de geada ou noites frias, cubra as mudas à noite porque temperaturas baixas inibem a formação dos frutos.

·         Selecione variedades com amadurecimento precoce como a finestra. Elas levam menos tempo para frutificar do que outras variedades e têm mais tolerância ao frio, assim é mais provável que os frutos estejam maduros em meados do verão.

·         Escolha a parte mais ensolarada do jardim para o canteiro de tomates e coloque muito material orgânico, como composto e esterco bem curtido - isso melhorará a capacidade de reter umidade do solo.

·         Mantenha os pés de tomates bem regados. Quando as primeiras flores aparecerem, inicie a rega com um fertilizante orgânico.
Cenouras
Podem ser plantadas a partir da semente, levam cerca de três semanas para amadurecer e podem ser consumidas cruas ou cozidas.
·         As variedades Nantes podem ser cultivadas o ano todo no Sudeste. As Forto e Fuyumaki são cultivadas no inverno e as outras no verão.

·         Cenouras precisam de solo areno-argiloso, com mais de 80% de terra preta na mistura das frações do solo (areia e argila), leves, drenados. Para adubação, use húmus de minhoca e composto orgânico. Faça pequenos sulcos no solo e coloque de 2 a 3 sementes, cubra com terra e irrigue com pulverizador.

·         Remova todas as rochas, pedrinhas e torrões, pois eles levam as raízes a se bifurcarem ou se deformarem.

·         Sementes de cenoura são pequenas e difíceis de lidar; misture-as a areia fina antes de semeá-las. Depois derrame a areia e a mistura de sementes ao longo dos sulcos.

·         Quando as plantas tiverem 5 cm de altura e 4 folhinhas, separe as menores, replantando. As plantas necessitam de local arejado e exposto ao sol por pelo menos 5 horas.
Alface
·         Pergunte no horto mais perto sobre as melhores variedades de alface para semear. Há diversas variedades disponíveis com semeadura em diferentes épocas do ano.

·         Evite semear em clima quente. Se a temperatura estiver 30º C ou mais, coloque as sementes em uma toalha de papel na geladeira por um dia antes de semeá-las.

·         Plante no jardim ou, se o espaço for limitado, use um recipiente em forma de tigela com mistura para vasos. É ideal para uma sacada ou varanda pequena.

·         Mantenha o solo úmido até as mudas aparecerem. Regue todos os dias no verão, mas evite fazê-lo na hora mais quente do dia.

·         Apesar de plantas maduras precisarem de sol direto, use tela ou papelão para proteger as mais jovens do sol da tarde até estarem bem enraizadas. Em locais quentes, a alface precisa de sombra leve no verão. 
Recicle pneus e cultive uma plantação deliciosa.
2 pneus de carro velhos
feno, composto ou mistura para vasos
tubérculos de batata com brotos
·         Coloque um pneu velho deitado no chão.
·         Adicione uma camada de feno, composto ou mistura para vasos e, em seguida, coloque algumas batatas com brotos e cubra-as com o mesmo material.
·         Regue bem.
·         Quando as batatas começarem a crescer, ponha outro pneu sobre o primeiro e adicione mais feno, composto ou mistura para vasos. Se necessário, repita o processo enquanto as plantas crescem.
·         Colha as primeiras batatinhas depois de alguns meses.
·         Retire toda a colheita quando as folhas começarem a morrer.






terça-feira, 15 de maio de 2012

Produção de açúcar do Brasil é vista em 37,8 mi t, segundo Job



SÃO PAULO - A produção de açúcar do Brasil na temporada 2012/13, que está em seu início, é estimada em 37,8 milhões de toneladas, ante 36,2 milhões de toneladas na safra anterior, apontou a consultoria Job Economia nessa quarta-feira (25).


"Acreditamos que a produção de açúcar no Brasil vai crescer 1,6 milhão de toneladas, das quais 1,4 milhão será na região centro-sul", afirmou a consultoria em nota.


A Job Economia rebaixou sua previsão para a cana-de-açúcar da região centro-sul do Brasil em 2012/13 para 515 milhões de toneladas, ante 530 milhões em fevereiro de 2012.


"Isso porque choveu pouco em março de 2012, comprometendo o rendimento agrícola esperado", afirmou.


Para a região norte-nordeste do país, a consultoria espera uma moagem de cana acima de 70 milhões de toneladas, volume recorde para a região desde meados dos anos 90.


Já as exportações brasileiras de açúcar foram projetadas em 26,2 milhões de toneladas, que representam um aumento de 1,25 milhão de toneladas ante a temporada 2011/12. No entanto, o volume de exportações é inferior ao recorde atingido em 2010/11, de 27,5 milhões de toneladas.


Para a consultoria, os mercados de etanol no Brasil não vão ter alterações significativas em 2012 ante o ano passado.


"A produção de etanol anidro será suficiente para abastecer o mercado doméstico (menor que em 2011 devido à redução da mistura na gasolina, de 25 para 20 por cento)", disse a Job no comunicado.


Segundo a consultoria, a produção de etanol hidratado continuará sendo residual. "Em outras palavras, será o máximo possível após produzir açúcar e etanol anidro."


Segundo a consultoria, a produção de etanol hidratado continuará sendo residual. "Em outras palavras, será o máximo possível após produzir açúcar e etanol anidro."


(Reportagem de Reese Ewing e Patrícia Monteiro)



Fonte: Reuters

domingo, 13 de maio de 2012

Técnicos e curiosos essa dica é prática e rápida e entendível.FELIZ DIAS DAS MÃES AS NOSSAS QUERIDAS MÃES... Um abraço a todos!!!


Processamento da cana-de-açúcar
  
A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima para a indústria sucroalcooleira brasileira. A agroindústria da cana envolve etapas, como: produção e abastecimento da indústria com matéria-prima; gerenciamento dos insumos, resíduos, subprodutos e da versatilidade da produção - de açúcar ou álcool; armazenamento e comercialização dos produtos finais. Estas etapas devem ser executadas com o emprego de técnicas eficientes de gerenciamento.
A colheita, carregamento, transporte, pesagem, pagamento da cana pela qualidade, descarregamento e lavagem (Figura 1) são operações determinantes para um bom desempenho industrial. Estas etapas devem ser realizadas em sincronia com as operações industriais para que não ocorra sobreabastecimento, o que demanda armazenamento, com conseqüente queda na qualidade ou falta de cana para a moagem, ocasionando atrasos na produção.
  
Fig. 1. Lavagem da cana-de-açúcar para retirada de impurezas.
Foto: Patrícia Cândida Lopes. 
Na indústria, a cana pode ter dois destinos: produção de açúcar ou de álcool. Para a produção de açúcar, as etapas industriais são:
    • lavagem da cana;

    • preparo para moagem ou difusão (Figura 2);

    • extração do caldo: moagem ou difusão;

    • purificação do caldo: peneiragem e clarificação;

    • evaporação do caldo;

    • cozimento;

    • cristalização da sacarose;

    • centrifugação: separação entre cristais e massa cozida;

    • secagem e estocagem do açúcar.
      
    Fig. 2. Cana desfibrada, pronta para a moagem.
    Foto: Patrícia Cândida Lopes. 

    Já a produção de álcool envolve as seguintes etapas:
      • lavagem da cana;

      • preparo para moagem ou difusão;

      • extração do caldo: moagem ou difusão;

      • tratamento do caldo para produção de álcool;

      • fermentação do caldo (Figura 3); 

      • destilação do vinho;

      • retificação;

      • desidratação: álcool anidro ou hidratado.
        
      Fig. 3. Fermentação do caldo para produção de álcool.
      Foto: Rogério Haruo Sakai.

      sábado, 12 de maio de 2012

      Olá pessoal, como prometido um resumo do novo código segue abaixo:









      Olá pessoal, abaixo seguem um diálogo, porém completo sobre o código florestal - o novo - atualizado, leiam que é interessante, em um novo post colocarei um breve resumo,
       um abraço e até mais.

      Obs. Quero deixar claro que os posts em meu blog nem sempre expressão minha opinião, pois muitas postagens serão de informação e até discussão, porém mais uma vez digo que Não expressarão minha opinião.


      O Código Florestal vem sendo discutido em muitas audiências há anos e foi finalmente aprovado pela sociedade, representada por seu Congresso. Muitos brasileiros e parte da imprensa aproveitaram o momento para contrapor a agricultura com o ambiente, gerando um grave dano à imagem da agricultura e promovendo a discórdia.
      O mais recente caso, estimulador deste texto, é o debate editado pelo respeitável jornal Valor Econômico (04/05/12), consolidado por três jornalistas. Explicando ao leitor que não teve acesso ao conteúdo, é feita uma chamada na capa com o título “empresários defendem veto a Código Florestal” e a matéria é um debate de respeitáveis executivos e cientistas com trabalhos na área econômica, social e ambiental, advindos de uma Fundação de preservação de matas, uma empresa de cosméticos, de embalagens cartonadas, uma produtora de papel e uma telefônica, além de um cientista da USP.
      Sintetizo minha análise em 4 blocos: as principais proposições vindas deste debate; os principais aprimoramentos necessários às visões; as contribuições à imprensa e as considerações finais.
      Entre as principais proposicões, temos interessantes ideias. Destacam-se as oportunidades que se abrem ao Brasil de liderar uma nova pauta da economia verde, do menor carbono, de certificações e pagamentos por serviços ambientais. Levantam a ideia de que é necessário produzir mais com menos recursos, reduzir as perdas  (estimadas em mais de 20% da produção) e acreditam que com gestão a produtividade pode aumentar. Temos que pensar 100 anos à frente.
      Também aparecem a importância de se recompor o orçamento da EMBRAPA e de outros órgãos de pesquisa, sair da clivagem “desenvolvimento x sustentabilidade” e “natureza x urbano”. Chamam a atenção para os gargalos de infraestrutura, para a necessidade de incentivos na correção do que foi feito de errado em desmatamento.
      Utilizar a Amazônia como uma fonte de riquezas da biodiversidade lembrando do direito de pessoas que vivem nestas regiões terem atividades econômicas e desenvolvimento. Lembram também da necessidade de se votar medida provisória que dá acesso a patrimônio genético, a necessidade de se extrair mais renda da visitação das áreas preservadas, se recuperar mais as áreas degradadas e investir no turismo. Destacam-se também as iniciativas de criação dos corredores de biodiversidade entre áreas de reserva legal e APPs.
      A segunda parte deste meu texto são os aprimoramentos de visão necessários, por aparecer, em alguns momentos, um desconhecimento do que é o agro brasileiro. Serão apresentadas aqui as frases colocadas no debate, em itálico, sendo algumas agrupadas, e as minhas observações logo após.
      “...O código deixou o Brasil na era medieval...”, “...o texto que foi votado é terrível...”.
      Esta visão é parcial. Existem melhorias reconhecidas por cientistas no documento e ele tem benefícios de eliminar uma grave insegurança jurídica que assola as propriedades.
      “...A expansão da área agrícola é única solução proposta e não se fala uma palavra de produtividade...”; “...O Brasil vai perder o jogo da produtividade, da tecnologia e da inovação e aí vem a solução fácil: derruba mais um pouco de floresta e aumenta a área plantada...”; “...não precisa derrubar mais nada... tem muita área já derrubada...”.
      Estas colocações não estão bem feitas. Os cientistas e agricultores brasileiros vêm lutando ferozmente pelo aumento da produtividade. Enquanto no mundo cai a produtividade, no Brasil ela cresce quase 4% ao ano e 50 milhões de hectares foram poupados graças a este esforço. Também é um equivoco achar que precisamos derrubar mais árvores para expansão da produção. Existe parte dos 200 milhões de hectares de pastagens que podem ser usados para futuras áreas agrícolas.
      “...A questão dos alimentos não é de produção, é de escoamento...”.
      Sem dúvida há muita perda na logística, mas aqui também existe um desconhecimento do que acontece no mundo asiático e africano que cresce a mais de 6% ao ano. A FAO estima que teremos que dobrar a produção em 30 anos, graças ao aumento da população, urbanização (90 milhões de pessoas por ano vão para as cidades), distribuição de renda, biocombustíveis (nos EUA usam 130 milhões de toneladas de milho) e outros fatores. O Brasil é primordial para isto, dito pela UNCTAD e FAO (ONU).
       “...Vamos para a Rio + 20 com cara de vergonha...”.
      Como já escrevi em outros textos, a vergonha dos cientistas e participantes brasileiros na Rio + 20 não será com o Código Florestal, mas sim em explicar ao mundo porque destruímos o combustível renovável mais respeitado, que é o etanol de cana, aqui dentro do Brasil. É a pergunta que me fazem cientistas internacionais.
      “...Estamos exportando commodities de baixíssimo valor agregado...”.
      Nesta colocação temos um grave equívoco, até uma ofensa aos produtores e industriais brasileiros. Existe enorme conteúdo tecnológico trazido pelos nossos cientistas dentro de um grão de soja, de café, de um litro de etanol, de suco de laranja, de celulose, de açúcar, de carne bovina. Fora isto, estamos cada vez mais exportando comidas prontas e embaladas.
      Os termos de troca são cada vez mais favoráveis as commodities. Vivemos a era das commodities, e chamar nossa pauta de baixo valor agregado chega a ser ingênuo.
      “...O projeto votado agora vai contra a maioria da população, que não quer hoje o desmatamento, não quer a redução da floresta nas margens dos rios...”; “...tem quatro brasileiros de cada cinco que estão a favor da Presidente para o veto...”.
      Eu desconheço estas pesquisas, e também não creio que foi aprovado um Código Florestal que estimula o desmatamento de novas áreas. É uma mensagem errada que está se passando a população. O agro para se desenvolver, não precisa desmatar.
      Na terceira parte deste meu texto tenho algumas contribuições a apontar à imprensa. A primeira vai no sentido de, em debates, equilibrar as opiniões. Neste caso, chamar pessoas que acham que o Código Florestal, com todos os seus problemas, representou avanços ao Brasil. Poderiam ter sido convidados representantes da ABAG, do ICONE, da Cooxupé, da Coamo, da Cosan, da Bunge, da BRF, do Congresso (Deputados Aldo Rebello ou Paulo Piau), de Sindicatos de Produtores, de Trabalhadores.
      A segunda é que a manchete dada reflete uma generalização de algo que não é generalizável. Uma pessoa que apenas lê “empresários defendem veto a código florestal”, e boa parte do Brasil lê apenas manchetes, é levada a pensar que houve ampla pesquisa quantitativa e que o setor empresarial brasileiro é contra o Código, quando na verdade isto é fruto do debate de apenas 6 pessoas. Isto as vezes acontece na imprensa, um título (manchete) que tenta generalizar algo que não é generalizável. É preciso cuidado nisto.
      A ilustração principal da matéria é uma árvore sendo cortada com uma motosserra. Para sermos mais equilibrados, melhor contribuição seria se a matéria tivesse o título de “sugestões de aprimoramentos ao código” e a imagem fosse propositiva, com equilíbrio de produção e lindas matas, e são inúmeras as imagens no Brasil de propriedades agrícolas certificadas internacionalmente. Apresentar uma mortal imagem de árvore com motosserra foi danoso ao agro. É necessário parar com o “ruralistas x ambientalistas”, esta contraposição é danosa ao desenvolvimento equilibrado do Brasil e é estimulada pela própria imprensa.
      Como conclusões, por mais que este processo seja criticado, o código foi democraticamente aprovado pela sociedade brasileira e seus representantes, no Senado e na Câmara.
      Na minha singela opinião, pressionar a Presidente para vetar este Código é uma afronta à sua pessoa e à democracia. Dizer que é a principal decisão de seu Governo, ou frases do tipo “vou cair da cadeira se a presidente Dilma não vetar” ou “Dilma escreve o nome dela na história de uma maneira ou de outra: com tintas vermelhas ou tintas azuis” não contribuem.
      Este código deve ser aprovado e iniciarmos já os debates para uma próxima versão mais moderna e contemporânea, para ser novamente aprovada daqui 5 ou 10 anos. É preciso avançar sempre, debater sempre e respeitar sempre.
      Finalizo dizendo que tenho oportunidade de viajar uma vez por semana e fazer pesquisa com produtores e industriais do setor agro em todos os cantos do Brasil. É necessário sairmos dos nossos escritórios seguros e refrigerados dos grandes centros urbanos, ir ao campo e ouvir esta gente. É destas viagens e pesquisas que vêm nossos textos e livros propositivos.
      Conversar, principalmente escutar e sentir a luta do nosso produtor contra o arcaico sistema trabalhista, tributário, logístico, ambiental, sua luta contra a taxa de juros, a falta de crédito, o câmbio, as intempéries climáticas, sua luta contra as pragas e doenças e ouvir atentamente os casos de assaltos e violência aterrorizando as famílias do campo.
      Lembrar que o jornal Valor do mesmo dia coloca em seu editorial a preocupação com a rápida deterioração da balança comercial brasileira. Vale ressaltar que esta gente da agricultura vai exportar, em 2012, US$ 100 bilhões e importar US$ 20 bilhões, deixando um saldo de US$ 80 bilhões ao Brasil.
      Em 2000 exportávamos US$ 20 bilhões no agro. A exportação cresceu 5 vezes em 10 anos. Renomadas revistas mundiais com a Economist, a Time, Chicago Tribune, Le Monde deram enorme destaque e chamaram isto de silenciosa revolução do campo brasileiro. Quem viaja sabe que temos muito poucos setores admirados lá fora, e este é um setor que joga na primeira divisão mundial.
      Se o Brasil vai fechar 2012 com um saldo de apenas US$ 15 bilhões, uma conta simples mostra que sem esta gente do campo, a balança brasileira pularia do saldo de US$ 15 bilhões para um deficit de US$ 65 bilhões. Cairia por terra o Real, voltaria a inflação, cairia a arrecadação de impostos e desapareceriam milhares de postos de trabalho. E também precisaremos devolver nossos microcomputadores, tablets, carros, e todos os outros 25% dos produtos que consumimos, que são importados. Vai também faltar dinheiro para usar perfumes, telefones, cadernos, livros e produtos com embalagens cartonadas.
      É preciso respeitar quem traz o caixa do Brasil, quem traz a renda do Brasil, que depois é distribuída fartamente em todos os cantos. É injusto associar esta gente a desmatamento, a motosserra, a destruição, com opiniões dadas sem maior fundamento.
      O Brasil terá nos próximos 20 anos a maior e melhor agricultura do mundo, trabalhando dia e noite para ser a mais sustentável nos pilares econômico, ambiental e social. O mundo implora ao Brasil para atender à explosão de demanda por alimentos e bioenergia. Podemos tranquilamente exportar US$ 200 bilhões em 2020 e US$ 300 a 400 bilhões em 2030. Vamos deixar esta gente do campo trabalhar e tentar ajudar.
      Temos que aumentar a produtividade, plantar em novas áreas de maneira sustentável, investir em pesquisa, ciência e inovação e caminhar para construir esta agricultura, este “agro-ambiental”, com ideias, nos desenvolvendo com preservação e, com isto, preservando nosso desenvolvimento.
      O verdadeiro e mais forte “código” será cada vez mais dado pelo mercado consumidor, fortalecido pelas novas mídias sociais e que caminha rapidamente para não aceitar produtos que não obedeçam certificações respeitadas internacionalmente.
      Gerar a discórdia e desrespeitar o agricultor, que é quem coloca a comida na mesa e enche o nosso bolso de dinheiro não deve ser um objetivo dos verdadeiros brasileiros.

      MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto, Chefe do Departamento de Administração e coordenador científico do Markestrat. Tem 25 livros publicados em 8 países.

      segunda-feira, 7 de maio de 2012

      O início




      Boa Tarde!!!


      Sou Técnico Agrícola e Pecuário e nesse blog a ideia é postar dicas, códigos, fotos, fatos desse meio, que movimenta o mundo todo.
      Culturas e suas práticas, espero que de fácil entendimento e grande abrangência.
      Novidades e técnicas antigas que até o momento fazem a diferença na roça, no mercado, nas nossas vidas.
      Ainda papéis e agora máquinas, porém com o Humano a frente disso tudo.


      Espero que leiam, comentem, compartilhem, curtam, me mande links, postagens, para que a gente possa trocar ideias e evoluir ainda mais nesse campo.
      Aguardo por voces.


      Um abraço e até mais!!!